Covil

O pior PARALÍTICO é aquele que não quer andar.
Quem MORRE por gosto não cansa.
Quem muito se ARMA, muito se fode.
Mais depressa se apanha um mentiroso do que um COXO.

Wednesday, November 02, 2005

Episódio 8 - A vida dupla

O maior flashback alguma vez visto
Nascida numa família de podres de rico, Maria Aparecida vivia uma vida de desespero com o seu esposo, Afonso Nãofaznenhum. Afonso não a satisfazia sexualmente. Por esta razão, Maria Aparecida, desaparecia de casa todas as noites para vaguear pelos trilhos de merda da lixeira Municipal à procura de alguém que satisfizesse os seus desejos e fantasias. Não querendo passar uma imagem demasiado impura de Maria Aparecida, vamos só dizer que nunca conseguindo encontrar o nirvana sexual com o/s homem/ens que conhecia (pouquitos…) Maria Aparecida continuava à procura, até que um dia, no Bairro dos Fedidos, aflita para dar uma mija, Maria bate à porta de uma qualquer lata.
“- Sim?
- Desculpe senhor, estou muito aflita, precisava de usar a sua casa de banho.”
Naquela altura, o Bairro dos Fedidos não era o luxuoso complexo habitacional com rede sanitária instalada que é nos dias de hoje. Por esta razão a resposta à pergunta inocente de Maria foi uma sonora gargalhada vinda do interior da porta entreaberta da lata.
“- Ó minha senhora, você não reparou onde tá, pois não? Quer mijar ou cagar vá atrás do monte. Acha que este cheiro vem de onde. Das nossas casas de banho refinadas não é de certeza.”
Tentando identificar quem falava com ela, Maria escancara a porta da casa de lata, um homem, esculturalmente esculpido encontra-se em pé no meio da sala. Maria, sem conseguir resistir, atira-se para os braços dele.
Deitados na cama, os dois amantes suspiram.
“- Ei lá miúda, nem sequer sei o teu nome.
- E eu também não sei o teu.
- Apodrecido…
- Eu não reparei nisso…
- Tesus Apodrecido. E tu?
- Eu?
- Sim caralho, não vejo aqui mais ninguém!”
Já desenhando na sua cabeça uma vida de felicidade ao lado de Tesus, Maria responde:
“- Connie. E se quiseres Connie Apodrecido!”
Desaparecida de casa por duas semanas, Maria volta. No entanto, esquece-se de contar ao marido que tinha adoptado o nome de Connie Apodrecido e era agora também casada com Tesus Apodrecido.
Iniciando um longo caminho de vida dupla, Maria/Connie, vivia um dia com Afonso e outro dia com Tesus inventando constantemente desculpas a cada um. Até ao dia em que descobre que está grávida, e grávida de gémeos. Um bocadinho preocupada com o facto de não saber quem era o pai das crianças, Maria/Connie toma uma decisão, “- Eu amo Tesus, vou desaparecer da vida de Afonso. Vou levar um gémeo comigo e vou deixar outro com Afonso.”
Maria/Connie decidiu, assim, ter os filhos no Hospital Mais Próximo, e, quando a deixassem sozinha no quarto com as crianças, desapareceria para sempre da vida de Afonso levando um filho com ela.Connie, prosseguiria uma vida sem mentiras ao lado de Tesus, podendo, deste modo, ter todo o sexo que quisesse a qualquer hora do dia.
Naquele dia, o céu estava escuro, já era de noite. A caminho do hospital Connie preparava-se para se despedir definitivamente de Maria. No quarto do hospital, já a ter as crianças, a única coisa que lhe passava pela cabeça era o quanto feliz Tesus ficaria com o bebé. Isso e as “putas das dores que nunca mais acabam!”. Sim, ela cagava um bocado para Afonso.
Já com Martim nos braços, Connie foge do hospital em direcção à lixeira. No entanto, nessa noite, não é só Tesus a ser surpreendido com um come-fraldas. Connie também fica um bocado lixada quando lhe roubam o filho. No entanto, pensando para si, tenta ver o lado positivo da coisa: “Também, é melhor assim, aqui o pessoal não tem carcanhol e não!”. Mas as surpresas não acabam por aqui! Ao passear com o seu agora único marido Tesus, Connie volta a encontrar uma criança. Ao ver que se tratava na mesma de seu filho, por causa das cores dos olhos, Connie pensa “Xiça, que estranho, então roubam-me o pirralho e põem-no aqui outra vez?” Não se apercebendo de que não se tratava do mesmo bebé que tinha trazido do hospital, mas sim Quim Zé, a criança que supostamente ficaria com Afonso.
No Hospital Mais Próximo, Afonso recebe três trágicas notícias, a primeira de que seu filho Martim tinha desaparecido, a segunda que também seu filho Quim Zé tinha desaparecido, e a terceira de que agora também sua mulher tinha desaparecido. Infelizmente, apenas “Quim Zé” apareceu, perdido num outro berço. Chateadito com o facto de só lhe terem encontrado um filho e convencido de que sua mulher voltaria depois de algum tempo, tal como tinha feito tantas vezes antes, Afonso caga no assunto. E a melhor maneira que Afonso arranja para cagar no assunto é, nada mais nada menos, dando a bela da queca (rápida… mt rápida…) no armário das vassouras do hospital com a sua amante, Fernanda Dissimulada, uma das enfermeiras de serviço naquela noite.
Não reparando na cor trocada dos olhos do bebé que tem nos braços Afonso, vai para casa pensando que leva o filho Quim Zé.

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