Covil

O pior PARALÍTICO é aquele que não quer andar.
Quem MORRE por gosto não cansa.
Quem muito se ARMA, muito se fode.
Mais depressa se apanha um mentiroso do que um COXO.

Friday, October 28, 2005

Episódio 4 - Partir à procura

Flashback:
Por entre o amontoado de porcaria da lixeira municipal, o casal Apodrecido, passeia sob a luz do lua, cujos raios se confundem com os odores fétidos que emanam do lixo espalhado. Ao olharem para o chão, numa tentativa de não calcarem depósitos demasiado moles, deparam-se com um bebé, que, intoxicado pela badalhoquice que o rodeia não consegue chorar. “- Fodasse, pensei que já nos tivéssemos livrado desta raça de come-fraldas pá!” Exclama Tesus Apodrecido ao pegar no bebé. Do outro lado da montanha de cascalho, Maluca canta baixinho: “- Voltei voltei, voltei de lá, ainda agora estava na cagadeira e agora já estou cá! Merda, parti uma unha…”


À saída do hospital, após terem descoberto que a tomatada de Olivério e a sua capacidade reprodutiva tinham ficado intactas, este, Daniel, Martim e Bianca Cristina, munida do número de telemóvel do segurança do hospital, dirigem-se ao carro de Caralhadas.

Dentro do hospital, Quim Zé desesperado procura o quarto de Gisele. “- Meu amorzinho, então, que se passa? Foste atacada? Não me digas que o silicone…” “- Nada disso a SSussana é que apanhou. Olha lá, o que é que estavas ali a fazer com aquela gringalhada toda? Quem era aquela tipa?” “- Que tipa? Tas a delirar moreee… dá cá um beijinho!!” Depois de tentar beijar apaixonadamente a sua noiva, Quim Zé apercebe-se de que ela não está exactamente a gostar. “- É que bem que me podias beijar como fizeste na merda do bar da esquina.” Sem perceber nada do que se passava e achando que a sua namorada estava a delirar por causa da raiva do cão, Quim Zé leva-a do hospital, não sem antes se esquecer da grande amiga de Gisele, SSussana, e ter de voltar atrás.

De volta ao bairro fétido, e já no caminho da lata lar da família apodrecido, Bianca Cristina sacudia as mãos de Olivério quando Martim cumprimenta Paulo Xarras, à janela de sua lata:
“- Ei Paulito, boa noite!
- Ei Martim! Ouve lá, tá tudo bem aí com as bolas do Olivério? Ó Olivas, não queres alguma coisa pa matar essa dor? Um charrito talvez? E tu Bianca, alguma coisa pa acordares do sonho em que és uma gaja boa? Ehehe”
E pronto, mais uma vítima dos amandos da mala de Bianca Cristina.
Ao entrarem em casa, qual não é o espanto fingido dos irmãos Apodrecido que se deparam com a mãe Connie, deitada na sala, de perna aberta (tapada, que isto não é nenhum filme pornográfico) no sofá a dormir. Bianca Cristina tenta, calmamente, acordar a mãe:
“- Fodasse, kesta merda mãe! Isto é posição que se tenha na sala?! Não tens classe nenhuma, tens de aprender comigo!
- Cala-te lá filha, onde tá o caralho do teu pai? Ele tava aqui em cima… Não me digas que eu adormeci a meio e não vi o fim do filme?
- Chega de pormenores, eu vou pró meu quarto”
Diz Martim, já habituado às poses estranhas em que, regularmente, encontra os pais.

No dia seguinte, Martim, sem ter conseguido dormir, levanta-se da cama, espalha o mata moscas para ter a certeza que quando chegar a casa não irá ter surpresas desagradáveis entre os lençóis, e faz uma chamada para a lixeira tentando falar com Daniel.
“- Tou caralho.
- Daniel?
- Chamaste por mim não chamaste meu filho da puta?
- Olha, eu hoje não vou trabalhar, tou doente.
- Tas doente o caralho, ó cabrão, porkék não vens?
- Não digas a ninguém.
- Uhuhuh…
- Eu tenho de descobrir quem é akela mulher.
- O kê? A mamuda da merda do bar da esquina?
- Sim.
- Vais andar a perguntar pela puta da cidade se conhecem uma tipa de mamas grandes que quer acabar com a fome no mundo e vais ver que toda a gente te aponta pó ‘Cantinho das Amigas do Zézinho’!
- Nada disso! Vou ao hospital perguntar quem era ela!
- Ok, então. Põe-te nas putas.”

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