Covil

O pior PARALÍTICO é aquele que não quer andar.
Quem MORRE por gosto não cansa.
Quem muito se ARMA, muito se fode.
Mais depressa se apanha um mentiroso do que um COXO.

Thursday, October 27, 2005

Episódio 1 - Quem seria?

Flashback:
Há muitos, muitos anos...
Toda a família Apodrecido chorava, naquela manhã. Tinha nascido o seu primogénito! Chorava, não de alegria, mas de aflição... "Agora como vamos sustentar este come-fraldas?!" Acontece que, àquela hora, na lixeira, passava Maluca, que ouviu a conversa. Pensou para si: "Hoje vai dar a Cornélia e as minhas mãos cheiram a alho, por isso, podia perfeitamente dar uma alegria a este casal!". Então, aproveitou um momento de fragilidade, ou seja, enquanto o casal Apodrecido "matava saudades" (o casal nunca tinha ouvido falar em quarentena - o pior surdo é aquele que tapa as orelhas), entrou na casa de lata e roubou-lhes a criança. O que teria acontecido àquela criança?
Deitado na cama, Martim fixava o olhar na mancha de bolor da parede, enquanto pensava na mulher que o tinha abordado no tasco. Enquanto revivia mentalmente o momento em que as suas línguas se tocaram, o jovem moçoilo sentiu qualquer coisa a percorrer-lhe a espinha. Poderia ter sido um arrepio, poderia ter sido apenas o amor. Era uma pulga. Levantou-se, sacudiu-se e pensou para si: "tenho de ter esta mulher para mim". Entretanto, esse pensamento foi interrompido por uma discussão que ouviu no meio da rua. Claro, só podia. Bianca Cristina e Olivério.
- "Se não páras de me fazer boquinhas, eu amando-te com a mala nas trombas!" - ameaçou Bianca Cristina.
- "Tininha, ma tu não untendes que sumos iguaizes? Bate-me, minha flor, bate-me!"- respondeu Olivério, enviando-lhe mais um beijo, com a boca, com a pontaria de um sniper.
Não passou nem um segundo e Bianca Cristina espetou-lhe com a mala... não calculando bem as distâncias e esquecendo-se por momentos que Olivério tinha 2 metros de altura, a mala foi parar às suas partes íntimas. Bianca não se arrependeu, pensou antes nos mil e um gajos que iria encontrar no hospital se continuasse a bater desalmadamente em Olivério, com a mala. Vários futuros namorados, pensou. Finito o espancamento, até ao momento em que o pobre rapaz já não conseguia dizer a palavra "meu amor" com a dignidade de um homem, lá foi a cambada toda para o hospital mais próximo. Sabem bem que nestes bairros, tudo se sabe e, para onde vai um, vão todos. Todos, menos o casal Apodrecido, que disse ter uns "assuntos" inadiáveis para tratar dentro de casa, e o Paulo Xarros, que nunca havia saído da janela em toda a sua vida.
No Hospital mais próximo...
- "Ai que caralho, mas vocês acham mesmo que era preciso vir toda a gente para o hospital por causa de uns tomates doridos?" - disse Daniel Caralhadas, que era o único do bairro a ter carro - chamemos-lhe carro, vá.
Sem deixar ninguém responder, Martim afasta toda a gente com os braços e fica como que encadeado a olhar para sabe-Deus-onde.
- "Para onde tazolhar, Martim?"- perguntou Bianca Cristina, enquanto tirava a mão de Olivério do seu ombro, deixando-o cair ao chão.
- "É... é... é..." - gaguejou Martim.
Martim tinha visto alguém que tinha chamado a sua atenção no hospital. Quem seria?

1 Comments:

  • At 1:58 AM, Anonymous Anonymous said…

    quem teria chamado a atenção de martim, seria a moçoila que o beijou na "merda do bar da esquina" e que o tinha feito sentir um arrepio na espinha, que afinal era uma pulga? seria o canalizador com quem tinha sonhado na noite anterior? seria um doente, cujo o estado terminal e órgãos dependurados, lhe transtornavam o semblante?

    será que olivério, algum dia poderá ter filhos, ou terá que recorrer a técnicas perigosas de manuseamento púbico, que o poderão mais uma vez trazer ao hospital, com problemas testiculares?

    e quantos namorados, irá bianca cristina, trazer do hospital? e quantos deles terão doenças venéreas? e será que vão caber todos no carro do daniel caralhadas?

    saibam isto, ou não, no próximo episódio, não o percam porque eu também não...

     

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