Episódio piloto: O encontro
Local privilegiado de introspecções, a lixeira municipal é palco de uma choradeira descomunal protagonizada por Martim Apodrecido. Mais uma vez, os seus colegas de trabalho tinham gozado com o seu sobrenome, associando-o a manteiga rançosa, fruta colhida há mais de três meses, carne crua há uma semana fora do frigorífico.
A única pessoa que o apoiava nestas alturas era o seu amigo sensato Daniel Caralhadas. “Não fiques assim caralho, a chorar por causa daqueles filhos da puta… Tamos quase a ir embora, vamos beber umas bebejecas ali à merda do Bar da Esquina”.
Inesperadamente, a caminhar por entre os pensos higiénicos e restos de comida aparece a Maluca: “Olhem pó que eu vos digo! Olhem pó que eu vos digo! O meu hálito é tão fedorento que deve ter cor e deve dar para ler as palavras…”. E afasta-se, com as mãos atrás das costas a olhar pó chão como quem sabe o que está ali a fazer.
Mais tarde no Bar da Esquina, Daniel e Martim encontram-se a beber as ditas bebejecas quando, repentinamente, a mulher mais bela e alta que alguma vez os dois viram entra e dirige-se à mesa deles: “Quim Zé Nãofaznenhum, porque estás aqui? Era suposto irmos às compras juntos, planear o nosso belo casamento! Não sem antes, claro, passarmos pelo favela dos pobres e distribuir comida! Ah… quem me dera acabar com a fome no mundo! Enfim, vemo-nos ao jantar! Pera lá… trocaste os olhos, agora andas numa de lentes? Bem, até logo!” E afasta-se não sem antes espetar o belo do beijo cinematográfico ao Martim estarrecido, para depois dizer: “Hummm… andas a treinar…”
Embora tivessem ficado estranhamente confusos com a cena, Daniel Caralhadas e Martim Apodrecido dirigem-se pó Bairro dos Fedidos, morada dos dois. Ao chegar a casa, Martim apercebe-se de que os pais, Connie e Tesus se encontram atarefados a estrear o colchão novo que Martim havia encontrado na lixeira, e que tinha posto no seu quarto. Vai então para o quarto dos pais, forra a cama com papel higiénico para ter a certeza que não encontra pequenas poças de liquido não identificável, e adormece a pensar naquele beijo de fim de tarde que lhe fez arrepiar os pêlos de um sítio que nós cá sabemos. Quem seria aquela mulher?
A única pessoa que o apoiava nestas alturas era o seu amigo sensato Daniel Caralhadas. “Não fiques assim caralho, a chorar por causa daqueles filhos da puta… Tamos quase a ir embora, vamos beber umas bebejecas ali à merda do Bar da Esquina”.
Inesperadamente, a caminhar por entre os pensos higiénicos e restos de comida aparece a Maluca: “Olhem pó que eu vos digo! Olhem pó que eu vos digo! O meu hálito é tão fedorento que deve ter cor e deve dar para ler as palavras…”. E afasta-se, com as mãos atrás das costas a olhar pó chão como quem sabe o que está ali a fazer.
Mais tarde no Bar da Esquina, Daniel e Martim encontram-se a beber as ditas bebejecas quando, repentinamente, a mulher mais bela e alta que alguma vez os dois viram entra e dirige-se à mesa deles: “Quim Zé Nãofaznenhum, porque estás aqui? Era suposto irmos às compras juntos, planear o nosso belo casamento! Não sem antes, claro, passarmos pelo favela dos pobres e distribuir comida! Ah… quem me dera acabar com a fome no mundo! Enfim, vemo-nos ao jantar! Pera lá… trocaste os olhos, agora andas numa de lentes? Bem, até logo!” E afasta-se não sem antes espetar o belo do beijo cinematográfico ao Martim estarrecido, para depois dizer: “Hummm… andas a treinar…”
Embora tivessem ficado estranhamente confusos com a cena, Daniel Caralhadas e Martim Apodrecido dirigem-se pó Bairro dos Fedidos, morada dos dois. Ao chegar a casa, Martim apercebe-se de que os pais, Connie e Tesus se encontram atarefados a estrear o colchão novo que Martim havia encontrado na lixeira, e que tinha posto no seu quarto. Vai então para o quarto dos pais, forra a cama com papel higiénico para ter a certeza que não encontra pequenas poças de liquido não identificável, e adormece a pensar naquele beijo de fim de tarde que lhe fez arrepiar os pêlos de um sítio que nós cá sabemos. Quem seria aquela mulher?
0 Comments:
Post a Comment
<< Home